A História da Bicicleta
A mais antiga notícia que se tem de um veículo semelhante à bicicleta data de 1580. Na janela de uma igreja de Buckinghamshire, Inglaterra, construída naquele ano, há o desenho de uma pessoa sentada num instrumento de rodas e que usava os pés para impulsiona-lo. Não se sabe, porém, se trata de mera imaginação do artista ou da reprodução de um veículo de fato existente na época. No fim do século XVII um certo Stephan Farfler imaginou um sistema de engrenagens movido por uma manivela que, segundo ele, poderia fazer andar um triciclo.
Pelo projeto, o condutor acionaria a engrenagem com as mãos e o veículo se movimentaria. Mas a idéia não chegou a ser posta em prática; ficou no papel, como aquela outra de um monociclo, de autor desconhecido, projeto complicado do qual restam apenas desenhos. As primeiras experiências vieram em 1770 e são devidas a Magurier e Blanchard, com um velocípede. O fato é descrito num jornal parisiense da época. Em 1790, outro francês, de Sirvac, ao que parece apenas para divertir-se, construiu um veículo que denominou celerífero; era uma espécie de cavalo de madeira com duas rodas - uma entre as "patas" dianteiras e outra entre as de trás; o veículo movia-se com os pés do ciclista apoiados no solo, mediante um forte impulso para diante. Baseado no mesmo princípio, Jean N. Niepce construiu, em 1816, o celerípede. De todas essas tentativas, resulta, em 1818, a Laufmaschine, do Barão Karl Von Drais, de Sauerbrum, no então grão-ducado de Badem. A nova versão do biociclo acrescentava apenas o guidão melhoramento simples, mas fundamental, dando direção ao veiculo; e o selim - que o tornava bem mais confortável. Com sua montaria (denominada "draisiana") o barão fez em quatro horas o trajeto Karlsruhe-Strassburg, isto é em quatro vezes menos tempo que se o fizesse a pé. Mas a grande revolução ainda estava por vir. Ela se verificou entre 1852 e 1853, quando Phillip Fischer, alemão de Oberndorf, ajustou pedais às rodas dianteiras, por meio de uma manivela. Com seu invento, Fischer pensava Ter apenas facilitado suas viagens diárias até a escola técnica de Schweinfurt, onde era professor. Na verdade, porém, fazia muito mais: abria caminho para o velocípede, que viria a ser um dos inventos mais populares dos fins do século XIX. De fato, em 1861, os franceses Pierre e Ernest Michaux retornaram o princípio, aplicando pedais ao cubo da roda dianteira. Pressionando os pedais com os pés, transmitia-se movimento a uma ampla roda que fazia o veículo avançar com grande rapidez. Assim, aproveitava-se inteligentemente a energia do homem para movimentar o veículo. Obtendo a idéia grande aceitação, os Michaux implantaram a primeira fábrica de bicicletas que existiu no mundo. Um operário dessa fábrica, chamado Lallemant, um dia resolveu viajar para a América chegando aos Estados Unidos registrou o invento em seu nome e instalou nova fábrica. Com isso, o velocípede se tornou universal. A princípio, tais veículos eram grosseiros e desgraciosos; as rodas eram de madeira, ainda que, às vezes, se adaptasse a elas um aro de ferro. Em 1865, começaram a ser fabricadas rodas metálicas, às quais se adaptava uma camada de borracha maciça. Outros melhoramentos, a seguir, foram surgindo. A roda dianteira, originalmente do mesmo tamanho da de trás, tornou-se cada vez maior; é que do seu raio dependia a velocidade. Daí surgiram estranhos veículos, nos quais a roda da frente- a motriz- tinha 1,50m de diâmetro, enquanto a posterior alcançava, no máximo, 30 cm. A simples ação de subir num deles era tarefa complicada; quanto a uma possível queda, de tal altura, era acidente verdadeiramente perigoso. O ciclista instalava-se num assento sobre a gigantesca roda motriz; em muitas ocasiões, devido ao pouco peso da roda traseira (que não dava estabilidade ao veiculo), era lançado pôr cima do guidão. Tal inconveniente só veio a ser superado em 1878, quando os franceses Guilmet e Mayer imaginaram a aplicação da transmissão em cadeia para imprimir velocidade. O princípio é, hoje, muito popular: consiste na combinação, por uma corrente, de uma roda dentada aplicada a um pedal e outra, igualmente dentada, aplicada à roda posterior do veículo; dependendo da relação entre os tamanhos das rodas dentadas, com uma só pedalada provocavam-se várias revoluções nas rodas do veículo economizando-se esforço e ganhando-se em rapidez, sem necessidade dos exagerados diâmetros das rodas motrizes dos primitivos velocípedes. Com isso, já em 1885 a bicicleta "de segurança" era um veículo bastante difundido. A Rover Company a produzia e vendia em tal escala que, ainda hoje, em polonês, por exemplo, "rover" quer dizer bicicleta, embora a Companhia, há muito tempo, só produzia carros. Mas o êxito não deveria parar aí. Outro grande avanço se verificou em 1888, quando o inglês John Boyd Dunlop aplicou tubos de borracha inflados com ar comprimido- pneumáticos- às rodas do veículo. Este, melhoramento, se tornou mais confortável e resistente aos sacolejos resultantes dos desníveis dos caminhos. Em 1892, a Inglaterra produzia o novo veículo em grande escala e o exportava para o mundo inteiro, inclusive para os Estados Unidos. Houve porém, uma grande crise: o preço era muito elevado. Como resultado, em breve não havia mais compradores e se verificaram muitas falências de produtores de bicicletas. A crise, no entanto, forçou a produção de bicicletas populares, baratas e o progresso continuou. Ao iniciar-se o século XX, justamente em 1900, chegou-se afinal ao modelo completo de hoje em dia: inventou-se a transmissão livre. Anteriormente, a roda dentada de trás era solidária com a roda do veículo; quer dizer, era obrigada a girar com ela, ficando o ciclista forçado a pedalar contentimente mesmo nas descidas ou nos momentos em que o impulso era bastante para manter o veículo em marcha. A transmissão livre permitiu que a roda posterior continuasse girando mesmo quando o condutor deixasse de pedalar. Assim a bicicleta continuou sua evolução até os dias de hoje e no meio esportivo evoluiu mais ainda devido à necessidade de materiais leves e resistentes e aumento da performance na velocidade, foram desenvolvidos câmbios automáticos e ligas leves com alta tecnologia, algumas bicicletas ultrapassam os dez mil dólares, mas são para poucos, no entanto existem muitas bicicletas populares e acessíveis e ela é um veículo que serve para práticas esportivas, para divertimento e para transporte rural e urbano, nos dias de hoje as bicicletas somam mais de 100 milhões, no mundo. Continuem pedalando, força para todos e até a próxima.
História do Mountain Bike
O Mountain Bike é um esporte específico de montanha e trilhas, nos mais variados tipos de terrenos, subidas e descidas. Surgiu na década de 70, na Califórnia (E.U.A), a partir da atividade de um grupo de veteranos do ciclismo olímpico, cuja diversão era subir o Monte Talmapais em Marin Cauntry, ao norte da Baía de San Francisco, e despencar de lá de cima em bicicletas que eles apelidavam de "Clunkers" (tranqueira) ou "Tranhmobiles" (lixomóvel).
Mais tarde, eles notaram que estas bicicletas, que sofriam em suas mãos, precisavam de algumas mudanças e uma série de inovações técnicas. O objetivo era adequá-las às suas necessidade radicais.
Em 1977, surgiram os quadros especialmente manufaturados. Em 1980, Mark Sinyard fundou a Specialized e lançou o modelo Stumpjumper (pula tronco), a primeira a ser produzida em série no mundo